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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Queda inesperada...





Na altura tudo era perfeito, tudo tinha um rumo, um sentido, tínhamos uma amizade consistente, uma ligação que fazia duvidar muitos pormenores.
Mas como tudo na vida, tudo tem um ínicio e um fim, como esta amizade que acabou por se desmoronar aos poucos.
O que tínhamos era algo único, forte, que nao se conseguia descrever, umas horas sem nos aproximar era como morrer de sede, até que nao conseguimos evitar e combater contra o sentimento que crescera entre nós.
Tínhamos olhares permanentes, tensão incontrolável, suores frios, como se estivessemos dependentes, como um vício ou uma droga que nos consomia.
Perdemo-nos no meio de tantos sentimentos, o mundo parecia parar por segundos, eramos um só, e tudo mudou após esse instante.
Afastamo-nos, éramos como desconhecidos, só de sentirmos a presença um do outro era incomodativo, tudo acelarava, algo poderoso, parecia que estavamos prestes a explodir, mas mesmo assim, era uma amor impossivel, ou melhor, uma paixão que tinha de ser controlada.
Após ter posto um ponto final neste ciclo vicioso, o respeito que permanecia nesta relação, tinha desaparecido.
O príncipe encantado que pensava que era, tornou-se num monstro que se apoderou de mim, sem alma, sem coração, descontrolado, que me enlouqueceu.
Parecia estar num sonho profundo, invadida pelo escuridão, perdendo o controlo de tudo. Nessa noite, vivi a mais fria das histórias, perdi a minha alma, o seu toque que era tao delicado e quente, de repente tornou-se como o vento de inverno. Parecia estar a ser queimada pelo gelo nas mãos de um desconhecido.
E neste momento, a última coisa que quero é vê-lo, sentir a sua presença, o seu perfume, a sua voz, a pessoa que mais desejava, acaba por ser a pessoa que mais desprezo.
E agora pergunto-me, como uma amizade tão forte, tao respeitadora, passou a isto?
Até que ponto podemos confiar nos nossos amigos? Por aqueles que damos a vida?
Eu acordo e adormeço a pensar numa resposta, todos os dias vejo o mundo através dos olhos de uma criança, inocentemente tento esquecer tudo o que aconteceu e desejar dias melhores.

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