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quinta-feira, 13 de outubro de 2011


No matter the time or distance, the memories remain.
Now that everything is calmer, I wish you all the luck, and never forget, you'll always be my boy and I love you.  ♥

Era uma vez...



Era uma vez uma menina chamada Carla, tinha apenas 13 anos, mas sempre sonhou em encontrar o seu príncipe encantado, como nos contos de fada que a mãe lhe costumava contar ao deitar.
Sempre foi muito sonhadora, muito alegre, brincalhona, com vontade em aprender, com muita força de vontade, mas nem sempre a vida era boa para ela. Podia ser uma menina aparentemente muito feliz, com a vida perfeita, mas contudo, tinha alguns problemas familiares. Os pais da Carla, nem sempre se entendiam, discutiam frequentemente, magoavam-se um ao outro psicologicamente e fisicamente, e ela assistia sempre, o que não era bom. A menina sofria muito, isolava-se muito no seu quarto, rezava, rezava, rezava, até que alguém a fosse retirar daquele sofrimento constante, que era aterrorizante para uma menina daquela idade. Mas nunca conseguiu obter uma resposta àquele apelo, tinha como hábito ler a bíblia ao deitar, dizia que tinha muita fé em deus, que um dia ainda a iam ajudar e dar-lhe uma vida melhor e com o tempo tudo aquilo em que ela tanto acreditava, tinha-se tornado inútil, apenas mais uma mentira, mais uma maneira de se magoar, até que resolveram pedir o divórcio, mas nada voltou ao que era antes.
E então, a partir desse momento, tudo mudou, Carla era uma menina triste, com medo, insegura, tímida, reservada. E também, sentiu ainda mais necessidade de encontrar um homem que fosse totalmente diferente, do que o exemplo que teve em casa, que fosse um homem em que ela pudesse confiar, que lhe desse toda a felicidade que necessitava, respeito e segurança.
Nessa altura, tinha entrado para uma escola nova, com novos amigos, novos conhecimentos, novos exemplos, e foi aí que encontrou o seu príncipe encantado, João, aquele rapazinho de cabelo loiro, comprido que a deixava sem fôlego.
Tudo parecia estar diferente, a menina parecia estar a sonhar, tudo era perfeito quando estava com ele, até que se começou a notar, porque trazia sempre um enorme sorriso estampado na cara. Mas passado uns tempos, terminou e a menina superou muito bem, conheceu novas pessoas, novos sítios, e dedicou-se a passar mais tempo com a sua família e amigos.
E já com o 11º ano feito, Carla ainda sonhava em ter o seu príncipe encanto novamente e foi aí que voltou a reencontrar o seu verdadeiro amor de infância, João. Voltaram a sair, eram como um só, e por isso, resolveram tentar de novo, amavam-se loucamente, quando estavam juntos, até inveja fazia de ver tanta felicidade.
O destino resolveu junta-los novamente, então a menina passava a vida com ele, tardes e tardes em casa dele, faziam vida de casal, tinham criado um pequeno mundo só deles, tudo era perfeito e único, tinha voltado a acreditar. Mas como todas as histórias de amor, existe sempre um início e um fim e a relação deles não era excepção, tanto tinham momentos altos, como baixos. Ao início tudo era maravilhoso, mas com o tempo, os problemas começaram a surgir, como discussões frequentes, faltas de respeito, até que a menina achou que já não dava mais e a relação terminou.
Passou uma fase muito má, sempre a chorar, sem auto-estima, sem objectivos, desemparada, sem conseguir dormir, porque o grande amor da sua vida tinha despedaçado o seu coração e naquele momento, nada fazia sentido, nem a sua própria vida.
Muitas noites, quando conseguia adormecer, acordava aflita por estar sempre a sonhar com ele, pois via vezes sem conta a sua relação terminar, o João a desaparecer, e o que mais desejava era conseguir retirá-lo dos seus sonhos e abraçá-lo de novo. Mas tudo acabou por acalmar e tentou concentrar-se em ultrapassar todo o sofrimento, perto dos que lhe eram próximos, afinal, era apenas mais um obstáculo, ou também, outro desafio que a vida lhe tinha proposto.
Foi crescendo, já via as coisas de outra maneira, e tinha uma melhor amiga, que já a acompanhava desde criança, que lhe dava bons conselhos, que dizia o que estava certo e errado, que a ajudava em tudo, e esse sempre foi o ponto de abrigo da menina, o seu pilar. Uma mãe que a protegia em tudo, que lhe dava todo o seu amor, que a encorajava e incentivava para o melhor, um pai que apesar de não ter todas as qualidades, fazia tudo por ela e que lhe tentava dar tudo do bom e do melhor, e sim, vendo por este ponto de vista, a menina tinha tudo o que uma pessoa podia desejar, pelo menos o mais importante.
Viveu muitas experiências, que nem todas a deixaram orgulhosa, mas como ela costumava dizer, 'toda a gente comete erros, ninguém é perfeito, e é a bater com a cabeça que se aprende’, foi aí que realmente viu que o mundo que pensava que era um mar de rosas, também tinha muitos picos e que nem sempre corria tudo como ela desejava. Mentalizou-se de que a vida é mesmo assim, que a felicidade é de momentos, e temos de saber aproveitá-la da melhor maneira.
E foi assim que a menina conseguiu sair vitoriosa e ser feliz, relembrando o passado com alegria e aguardando o futuro com confiança e entusiasmo.

                                                                                                                Fim

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Queda inesperada...





Na altura tudo era perfeito, tudo tinha um rumo, um sentido, tínhamos uma amizade consistente, uma ligação que fazia duvidar muitos pormenores.
Mas como tudo na vida, tudo tem um ínicio e um fim, como esta amizade que acabou por se desmoronar aos poucos.
O que tínhamos era algo único, forte, que nao se conseguia descrever, umas horas sem nos aproximar era como morrer de sede, até que nao conseguimos evitar e combater contra o sentimento que crescera entre nós.
Tínhamos olhares permanentes, tensão incontrolável, suores frios, como se estivessemos dependentes, como um vício ou uma droga que nos consomia.
Perdemo-nos no meio de tantos sentimentos, o mundo parecia parar por segundos, eramos um só, e tudo mudou após esse instante.
Afastamo-nos, éramos como desconhecidos, só de sentirmos a presença um do outro era incomodativo, tudo acelarava, algo poderoso, parecia que estavamos prestes a explodir, mas mesmo assim, era uma amor impossivel, ou melhor, uma paixão que tinha de ser controlada.
Após ter posto um ponto final neste ciclo vicioso, o respeito que permanecia nesta relação, tinha desaparecido.
O príncipe encantado que pensava que era, tornou-se num monstro que se apoderou de mim, sem alma, sem coração, descontrolado, que me enlouqueceu.
Parecia estar num sonho profundo, invadida pelo escuridão, perdendo o controlo de tudo. Nessa noite, vivi a mais fria das histórias, perdi a minha alma, o seu toque que era tao delicado e quente, de repente tornou-se como o vento de inverno. Parecia estar a ser queimada pelo gelo nas mãos de um desconhecido.
E neste momento, a última coisa que quero é vê-lo, sentir a sua presença, o seu perfume, a sua voz, a pessoa que mais desejava, acaba por ser a pessoa que mais desprezo.
E agora pergunto-me, como uma amizade tão forte, tao respeitadora, passou a isto?
Até que ponto podemos confiar nos nossos amigos? Por aqueles que damos a vida?
Eu acordo e adormeço a pensar numa resposta, todos os dias vejo o mundo através dos olhos de uma criança, inocentemente tento esquecer tudo o que aconteceu e desejar dias melhores.